“Ela vivia sorrindo, vivia pulando pela praça, vivia animando as pessoas que ficava ao redor dela, mas dentro dela não era assim. Aquilo era puro fingimento, ela estava com um vazio por dentro, com uma angustia, uma tristeza sem fim. […] E ela sempre estava ali, firme e forte para todos que a gostava, o medo de expressar o que realmente estava a sentir era muito maior, ela tinha medo das pessoas julgarem ela, tinha medo de mostrar que estava mal e acabar preocupando os amados […] Sempre antes de dormir ela fica chorando, chora litros e mais litros todas as noites, por horas e as vezes nem dormir conseguia, no dia seguinte ela levantava com uma dor de cabeça enorme e olhava pela janela e via aquelas crianças correndo pelo bairro de bicicleta, rindo, tomando sorvetes, sem nenhum tipo de dor no coração e nem preocupações, e a unica coisa que ela gostaria naquele momento é voltar a ser criança, voltar ao passado e tentar aproveitar mais a infância, aproveitar cada segundo, rir mais, brincar mais, fazer tudo em dobro, mas infelizmente voltar ao passado é uma coisa que ela nunca irá conseguir, nem tudo sai como gostaríamos não é verdade?Logo, ela limpa suas lagrimas, respira fundo e tenta ter auto-controle de suas reações, coloca aquele sorriso mais falso no rosto e tenta seguir a vida, tenta fazer com o que um dia ela dê um sorriso sincero, um sorriso verdadeiro.”