quarta-feira, 25 de julho de 2012


"Lixo poético e outras drogas."

Todos esses meus textos estão uma porcaria. De todos as palavras que já usei, essa é mais ridícula. Até minhas palavras estão se desgastando, estão se tornando totalmente clichês. E é como dizem “escrever é enfiar o dedo na garganta”, é sentir náuseas de tanto sentimento guardado dentro de mim. Não escrevo como antes, minhas palavras tornaram se um lixo poético. Esse meu peito está cansado, está maltratado pelo tempo. Não queria sentir, tudo é uma droga. Eu acabei me tornando uma poeta clichê, a que trocou a angústia pelo cigarro. Troquei o coração pela nicotina, tornei me outras drogas. Eu sou tudo em todas as palavras. Cansei de escrever sobre coisas inúteis, sobre mim. Cansei de enfiar o dedo na garganta, só cansei.Nunca fui boa em escrever sobre o que sinto, nunca fui uma poeta digna de suas escrituras. É como dizia Clarice Lispector “Quando não escrevo, estou morta”. Prazer, sou um cadáver. Minhas palavras são inúteis, sou uma inútil por escrever tanto lixo. Estou farta de ser a história contada em meus textos, de ser tudo que nunca gostei de ser, de sentir. As mesmas coisas em todos os textos, tudo se repete quando não sou capaz de me entender, quando não queria sentir meu dedo na garganta ou quando a náusea passa e volto a ser eu. Queria por um tempo não escrever, não gastar meus sentimentos por cima de meu coração. Não preciso vomitar meus lixos poéticos, preciso de um cigarro, de outras drogas.
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade. Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Antes de subir as escadas, esmaguei o cigarro com o bico do meu sapato; era respeito à memória dela. Emburrecia… avermelhava quando alguém entrava fumando pelos cantos da casa. Mas não dizia - era um doce -, apenas cochichava comigo aos cantos: “olhe só, este imbecil… fumando aqui”… era bondosa demais para botar o dedo na cara do homem!, eu sei que não teria nenhum dedo no meu rosto. Mas apaguei o cigarro mesmo assim. O respeito funcionava com os póstumos. Subi as escadas feito felino: não só pelo cansaço, que prevalecia; também para não fazer barulho. Já era noite, e, neste horário, ela estaria dormindo. - Mas como dorme agora, dorme tanto. Abri a porta de sua antiga casa (a nova sendo a terra que piso), hesitei em acender a luz. Mas tinha de ver. Os móveis enfestados com a poeira; passava a mão neles, a poeira prendia-se nos meus dedos… eu fazia uma rota para as formigas na mesa: uma rota aonde passei o dedo. Olhei abobado para o lustre, o tapete que pisava, a torneira que pingava. Tudo fermentava uma saudade, todavia uma leve impressão de que ela estava melhor. Entrei em seu quarto, outrora preenchido de falta de pudores!, o quarto ainda cheirava ao mês passado. Fucei a gaveta de calcinhas, lá estava: o brinco que havia dado a ela. Coloquei-o no bolso; não extraviava. Olhei para as paredes, como se alguém pudesse me ver, de longe… tem saudades que custam caro. Caro quanto um brinco de diamante. Deixei o apartamento em poeira e prantos. Acendi o cigarro, novamente.
É bom ter alguém em quem pensar e saber que essa mesma pessoa também pensa em mim. É bom viver por uma pessoa, sabendo que ela daria o que possui para me ver bem. É bom poder entregar-me de corpo e alma à você, sendo que sou apenas metade e sei que a outra metade é você. É bom poder sentir-me especial para você, da mesma forma que você é para mim. É bom amar e ser amado da mesma forma, na mesma intensidade. É bom viver de reciprocidade.

sexta-feira, 2 de março de 2012


Irei me reerguer, mesmo que para isso exija-me esforços.Incrível, como todas as linhas de raciocínios que eu tenho me levam ao mesmo ser vivo,curiosamente, o único que tento esquecer.O inútil, que já foi causador de muitas noites de insônias minhas..porém, mais inútil ainda foi meu modo de se defender contra as mágoas e rancores causados a mim, por sua culpa me auto camuflei.Me privei da vida e de tudo que há de bom nela, me afastei do que me fizera bem, sem perceber “dessocializei” e enlevei de ser só.Você se foi.. e nem ao mesmo se deu o trabalho de apreender pelos sentidos os estragos que me causou,a desordem que em mim ficou!Nesses derradeiros pensamentos, havia apenas você,havia nós e um pouco do que restou, havia a falta de sua presença, havia falta do gosto de seu beijo, havia falta de seu  toque, havia falta de você […] Existia por ali também a falta de eu mesmo que foi arrastada brutalmente com seu adeus. A nossa musica me surpreendeu em lugares que jamais esperava ouvi-la e logo após as vinhetas escrotas me faziam sorrir forjado e o sorriso, que antes estava presente em meu rosto sumia e dava vida a uma expressão fechada.Lembrei do amor.O qual indaguei com certeza senti-lo por você. Fechei-me então ah, as ironias da vida. Você já percebeu que sempre que te vejo não há reação? Que o simples fato de você sorrir descompassa meu coração? Puta que pariu 15 vezes,realmente perdi os comandos sobre mim e me envolvi sem cogitar. Por esse tempo, consegui manter uma expressão de estar bem e adaptada a toda a está reviravolta,aparências que enganavam e não demonstravam quem eu realmente era.Porém, para quem sabe de tudo (ou boa parte) do que se passa em minha mente, chega-se a conclusão de que não passo de certo clichê.Como varias outras que já passou ou passa pelo mesmo.Uma rocha aparentemente indestrutível por fora. Uma garota sensível e meiga, cheia de sentimentos por dentro,há contraste entre o exterior e o interior.Aquela que você nem se quer reparou.Talvez seja por isso que resolvi quebrar a promessa, por mais uma das incontáveis vezes, por que sinto falta.Não deixo de afirmar que foi marcante,sei disso pela tensidade e profundidade da nossa entrega um pelo outro. Como todos já apaixonados por aí, tivemos uma história e a nossa foi umahistória grande, porém pequena. Cheia de acontecimentos inesperados, apesar das poucas páginas. Uma história de alegrias, dificuldade, mas acima de tudo, uma história de amor.Ademais, não conseguiria mesmo terminar esse texto. Não o encare como mais uma prova do que eu sinto, não quero mais te provar nada, nem preciso. Minhas palavras até se tornaram cansativas, presumo. Fiz isso aqui sem um motivo, eu não teria nem um nem mil. E, meu amor, vamos viver, cultivar nossos sonhos e nossa realidade, germinar um dia após o outro e deixar os momentos falarem por si. Saiba que cada sensação sentida do seu lado tem sido única, assim como tudo que já passou por essa confusa, complicada mas sincera e cuidadosa menina. Agora, cada instante é eterno(Minha vida me chama,minha felicidade grita)A porra da minha roupa, para o porre de realidade de hoje, já esta escolhida á horas e nesse meio tempo resolvi parar para lhe escrever, talvez porque de fato seja mesmo a despedida dessa vida nostálgica.Que eu esperneie, mais hei de aprender a cultivar amor próprio,nem que se for na marra.


Onde está você agora, que não está aqui comigo? Volta, pequeno.Eram 00:00 horas em ponto, ontem a noite, quando comecei a pensar em você. Ter recaídas não é para mim, mas quando se trata de você, nem eu mesma me conheço. Por mais que eu diga que posso te esquecer, meu coração quase implora para você ficar. Deitei a cabeça no travesseiro, e você apareceu lindo, com esse sorriso que só você tem, essas suas roupas amassadas, desbotadas. Ah, que sonho bonito. Digo, só de você estar nele, fez com que eu parasse de pensar em todo caos que havia no mundo lá fora, e imaginasse somente a tua imagem em minha mente. Loucura, isso é uma perfeita loucura. Eu jamais poderia ter me apaixonado por ti. Aliás, paixão é algo pequeno pra descrever tamanho alvoroço dentro do meu peito. Eu te amo, menino. Com todas as letras, eu te amo. E amo até por pensamento. Amo por telepatia. Te amo acima do que deveria, e do que posso. Um sonho confuso, cheio de incertezas. Você me dizia que era melhor partir, que eu ficaria melhor sem ti. E eu simplesmente deixava você escapar por entre meus dedos. Nada muito diferente da realidade. Apenas fantasiei as coisas da minha maneira. A verdade é que eu não fui capaz de te fazer ficar, de te fazer desistir dessa idéia estapafúrdia de me deixar aqui, de mãos atadas e coração na mão. Eu me odeio por isso. Me odeio por não ter usado as palavras certas, me odeio por nunca ter sido o que você merecia, e o que você necessitava. Desculpe por ser esse poço de imperfeições, desespero, e principalmente de medos e angústias. Desculpa por estar com as atitudes erradas em momentos que as coisas pareceriam perfeitas se eu não as tivesse estragado. Perdoe-me meu amor. Mas principalmente, me desculpe por não ter feito nenhum esforço se quer para ti impedir de partir. Eu te amo, amo, amo, amo e amo ainda mais. Cada dia que se passa, é um tormento sem você. Todas essas noites de insônia, são sinais de que eu preciso do teu carinho, da tua compreensão, desse bem estar que só você me oferece. E o pior de tudo, é saber que não consigo me desapegar. Saber que mesmo de longe, você ainda é o centro do meu universo, a coisa mais importante que existe em minha vida. Sou sua, eternamente sua. E como diria um poeta “Tu és sempre aquilo que me faz pensar, desejar, sonhar, mas principalmente, você é o único que pode me fazer amar”. 


Eu sempre superestimei essa minha vida sozinha, sabe? Sozinha, mas não solitária. Sozinha no sentido de não ter alguém pra abraçar na hora de dormir, algum tipo de amor arrebatador e bonito. O tipo de amor que se vê em filmes e livros, aquela coisa melosa e tão bonitinha. Clichê, pra ser mais precisa. Eu sempre prezei pela minha sanidade. Até que você chegou e tirou ela de mim. De repente eu encarnei a poeta, via tudo mais cor de rosa. E olha que eu nem gosto de rosa! Não conseguia pensar direito, não conseguia parar de pensar em você. De repente eu te amava tanto que me sufocava. Eu mesma já não me reconhecia. Eu esqueci que tinha uma vida porque você ocupou esse cargo também, esqueci de sair com os amigos, de respirar aliviada quando chegasse sexta-feira. Eu esqueci de mim. Mudei por você. A atitude mais estúpida da minha vida. Porque logo depois de bagunçar tudo você foi embora e deixou tudo faltando. Eu me vi confusa, perdida, e aturdida. Fim. Um fim trágico demais para um romance, não é? Seria […] Se isso fosse um dia chegar a ser um romance. Mas nunca foi um romance. Foi apenas uma idiota perdida entre sorrisos e palavras, foi apenas eu mergulhando de cabeça com a certeza de que você estaria lá embaixo para me segurar. Acabei com a cabeça rachada, com os pensamentos conturbados. De vez em quando me vem um surto de clareza e eu retiro algo bom disso, um aprendizado. Não é o que dizem? A gente tem que aprender com tudo. Então vamos lá: Minha lição de uma história patética ao lado de um otário. Nunca acredite em romances. É apenas um meio de iludir garotas ingênuas e depressivas.  E sabe? Fica por isso mesmo. Foi só o que você me ensinou. Eu não tirei nenhuma lição dessa perda de tempo. Eu minto pra mim mesma, eu te xingo mentalmente todos os dias, falo mal de você para os meus amigos, porque eu não acredito mais no amor. Porque agora eu me tornei tão ridiculamente piegas a ponto de escrever esse texto idiota. Eu te culpo por isso. Eu te culpo por ter me transformado nesse poço de mágoas, nessa desilusão cheia de vestígios desse passado que insiste em permanecer encravado na minha memória. Eu te culpo por isso, e por tudo que me fez passar. Te culpo principalmente por me fazer te amar tanto, a ponto de fazer transbordar esse amor por todos os lados. Sou tão idiota, que chego a pensar que tudo isso é só mais uma briguinha passageira. Que você vai estar aqui quando eu acordar e que eu vou sentir borboletas em meu estômago, que você vai dizer que me ama a cada beijo, que vai chamar meu nome durante a noite e vai implorar pra que eu esteja ao teu lado. Um estupidez total, sem mais nem menos. Aliás, põe menos nisso. Mas amor próprio, e menos desilusão. Mas de mim, e menos de você. Mesmo que seja hipocrisia de minha parte dizer tudo isso, e ficar com o coração nas mãos quando você me ligar. Ou até mesmo ficar lembrando de tudo que vivemos, de uma hora pra outra. Transformei-me - infelizmente - nessa garota pateticamente apaixonada por você. E graças a você, eu sou mais forte - por mais que agora, eu esteja mais trágica que nunca. Você é tudo que eu sempre quis, e mesmo com toda essa amargura que você deixou “de herança” pra mim, eu não consigo esquecer. Esquecer de você, da sua voz, dos lençóis jogados ao chão nas noites frias, do quanto eu sempre amei seus abraços, das suas mãos entrelaçadas as minhas. Do quanto eu sempre amei cada detalhe que preenche você. O quanto eu sempre amei que você formasse junto comigo, um nós.